terça-feira, 21 de outubro de 2008

Diário de bordo 2: desventuras em série

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Sim, deixei de procurar só sexo, resolvi procurar o amor. Mas como? Eu não freqüentava locais GLS e até tinha um preconceito meio bobo sobre tais lugares, além do medo de se expor. É claro, lá vou eu procurar na internet. Mas, como comprovei, romances que começam na internet tem no máximo 10 % em dar certo.

Conheci muita gente, mas se no mundo real as pessoas criam máscaras, personagens e tudo mais, imagina no virtual. Conheci príncipes encantados, machões convictos e românticos inveterados. Que na realidade eram canalhas, afeminados ao maximo e grande curtidores de... sexo.

Não criem uma imagem má de mim, não sou contra afeminados, só não curto mesmo. Pelo menos nenhum deles passou no meu caminho e me deu afinidade. Pois, nunca podemos dizer nunca. E sim, curto sexo e muito sexo. Mas nada que não possa ser trocada por uma noite de carinhos e abraços com o torso nu.

Você deixa bem claro com as pessoas, que procura namoro. Mas as perguntas do outro lado sempre são sobre tamanho do pênis, se moro sozinho ou quais minhas preferências: ativo ou passivo?? Sei lá, a internet não só emburreceu o português de certas pessoas, como trouxeram para fora de tímidos, o pior tipo de tarado sexual.

Sei lá, não custa nada às pessoas manterem certos limites, e deixa de enxergar a outra pessoa no bate-papo apenas como um objeto. Pois assim como tem muita gente procurando apenas sexo, tem também muitas que estão sozinhas, e que ao encontrarem certos tipos de pessoas acabam ainda mais cercadas com a solidão.

Da internet me surgiram três relacionamentos de curto prazo. Um cara que se dizia querer terminar seus dias ao lado de uma pessoa, mas no fim acabou vendo que a vida monogâmica é sem graça. Um segundo cara que ficou o tempo inteiro preso a um passado com uma outra pessoa. E o terceiro que era uma pessoa maravilhosa, mas os dois sabiam que seria como mergulhar óleo em água.

Pois as pessoas no mundo gay, não querendo generalizar, mas em grande parte dizem querer ter um grande amor, viver a vida ao lado dele, mas ao ouvir o primeiro som da boate, ou a cara nova que surgiu no mundinho GLS, que esquecem totalmente esta vida.

A internet meio que estragou parte da minha vida, pois nela acabei desacreditando um pouco do sentimento humano, e me achando uma alienígena no meio do mundo GLS. Pois até os caras coroas não queriam um relacionamento, só estavam afim de um cara mais novo para transar.

Então, por mais irredutível que eu parecia, acabei tendo que acessar o mundo real GLS, saindo de trás da tela do PC. E botando a cara a tapa. Por mais difícil que fosse.

Continuo em breve,

Ass.: Ray

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