terça-feira, 11 de novembro de 2008

Diário de Bordo 5: o encontro oficial.

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Eu saí do bar com uma sensação hiper estranha. Havia comentado com ele, que estava ainda meio caído pelo meu ultimo namorado, e precisaria levar um tempo. Mas, as coisas eram diferentes agora. Aquele cara que eu estaria inicialmente (e futilmente) levar para cama, tinha realmente mexido comigo. E eu o amaldiçoei mentalmente, quando ele disse que teria que ir embora, e com isto aquele papo tão fluente estava acabando. Trocamos telefones, e fiquei na expectativa.

No dia seguinte, nos falamos no telefone. Ele ria muito, parecia nervoso, e nem imaginava o quanto eu também estava nervoso do outro lado. Marcamos para mais tarde. Eu que não era muito ligado em roupas, comecei a escolher o que melhor se encaixava. Sai de casa, e encontrei minha prima no portão, ela me disse que eu estava muito bonito. Aquilo me encheu de forças. Cheguei ao ponto de ônibus, e meu celular deu um toque, e vi um telefone estranho. Achei que era ele, mas era outra pessoa. Era um tipo de telemensagem com uma cantora (que eu odiava por sinal), que havia sido enviada pelo meu ex-namorado. Fiquei naquela, parado no ponto olhando para o celular.

Liguei para meu ex-namorado, ele disse que estava testando este novo serviço, e começou a puxar papo e perguntando se eu tinha algo para fazer mais tarde. Meu cérebro entrou em curto, pois há muito tempo esperava o reencontro, e ter uma nova oportunidade com ele. Quando olhei para frente, vi o ônibus se aproximando, e tomando as maiores forças e coragem do mundo, disse que já estava de saída. Ele se desculpou e mandou um beijo, e não tive coragem de corresponder e disse tchau. Aquele caminho até o bar, parecia longo demais, e meus pensamentos iam e voltavam, e olhava varias vezes para o celular. Pensava em desmarcar e encontrar meu ex, mas fiquei naquela, sentido e lembrando da sensação boa que tive no primeiro contato com meu futuro encontro.

Disse em voz baixa um foda-se e segui no ônibus. Cheguei lá, e logo depois ele chegou, pegamos uma mesa, desta vez eu não ficaria na solidão do balcão. O papo continuava bom, adoro a voz dele, o jeito de falar. Mas, insistia da gente tentar se conhecer, rolar uma amizade e depois namoro. E eu teimava dizendo que queria namorar e pronto. Passamos a noite inteira falando das experiências amorosas anteriores, de trabalhos, gostos de musicas, e é claro, a costumeira mania de tirar sarro de algumas figuras estrambólicas que apareciam por lá. A sintonia era incrível e inimaginável. Pela primeira vez senti certo esquentamento na parte detrás da nuca, quando ele encostou-se a minha mão.

As coisas deram certo aquele dia? Pode ter certeza, ainda mais que aquele dia esta durando cinco anos e quase quatro meses. Ainda lembro do primeiro beijo escondido na praia à noite. Do primeiro filme no cinema de mãos dadas. Do primeiro encontro com minha família. Das minhas revelações as minhas primas. De nossa primeira viagem. De nossa primeira ida a São Paulo. E da primeira vez, que numa praça de São Vicente, eu virei para ele e disse que o estava amando. E das tentativas frustradas de meus ex-namorados que tentaram um novo contato. Da primeira vez que entramos numa boate de mãos dadas. Do primeiro dia dos namorados. Do primeiro dia que entramos num motel, e estávamos muito nervosos com nossa primeira relação sexual. Das primeiras confidencias. Dos primeiros aniversários.

E com certeza, reviveria todas as decepções com meus antigos namorados, só para depois encontrar meu grande amor, e viver estas primeiras emoções. Que gostaria que fossem eternas, como as primeiras promessas.

E que descobri que sofri de paixão pelos meus ex-namorados. Mas só dele, que senti amor. Pois paixão é quente e passageira. E amor é terno e eterno.

Eu te amo.

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